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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Como vencer o silêncio numa negociação


“Se a gente quer negociar com empresas grandes, também tem de ser grande e assumir riscos desde o início.”
Zeke Wimert

Em negociação, uma das estratégias usadas é a do silêncio, a qual tem um grande valor prático, pois nos dá tempo para pensar, e muitas vezes levo o outro, motivado pela necessidade de fechar o negócio, baixar os preços ou melhorar as condições de negociação, o que gera mais lucro para nós.
É com certeza uma tática de negociação muito eficaz, quando convenientemente utilizada e se você estiver, de fato, preparado para a negociação.
Por outro lado, precisamos saber como vamos lidar com a situação onde a outra parte usa desta tática, buscando melhores resultados. Entender e aprender a lidar melhor com esta situação vai poder ajudá-lo a negociar melhor. Por este motivo sugiro que veja em primeiro lugar o silêncio como algo normal e não se precipite em alterar sua proposta. Sabemos que normalmente isto causa uma sensação de desconforto e ansiedade, o que é mais do que normal.
A prática da tática do silêncio pode surgir de duas formas dentro de um processo de negociação: uma é o silêncio da ação/contestação, uma tática favorável se você a tiver implementado durante o evento no momento oportuno, principalmente em meio a assuntos polêmicos, discussões acaloradas ou quando a possibilidade de um impasse começa a surgir, o que permite um tempo para cada lado pensar e reavaliar o andamento do processo e das propostas.
Mas também pode ocorrer o oposto, gerando uma reação de silêncio e de afastamento, fechando momentaneamente ou definitivamente o fluxo de informações ou possíveis alternativas. 

Negociação deve ser um evento alicerçado no diálogo, na troca de informações e idéias. Mesmo assim, em determinados momentos, o silêncio pode ser muito útil e ter um maior impacto. Mas como devemos agir quando a outra parte fica em silêncio? 
A experiência tem mostrado que existem algumas frases importantes que podemos utilizar de forma positiva nestas situações. Quando percebemos o silêncio do outro lado, deixemos passar uns dez segundos e retorne ao processo de negociação, dizendo de forma tranquila, segura e pausada, algo como: “Agora que tivemos oportunidade para pensar melhor e avaliar o assunto, é interessante ouvir sua opinião, pois ela terá muito valor”, “Agora que nos foi dada a chance de pensar melhor sobre o assunto, gostaria de ouvi-lo sobre isso”, “Pensei sobre sua proposta e seria importante ouvir suas impressões sobre...” ou ainda outras semelhantes que possam conduzir a reabertura do processo.

Você também pode utilizar esssas sugestões na hipótese de você ter iniciado a tática do silêncio e constatar que é interessante revertê-la. 
É importante, em uma situação dessas, que você demonstre firmeza e esteja preparado para a negociação, tendo estudado detalhadamente seu contexto e avaliado suas alternativas, tendo em mente quais são as outras possibilidades que podem surgir. Não esqueça de observar se o outro está realmente pensando ou apenas usando o silêncio como forma de pressão, e para isto observe a linguagem vergal e não verbal, o que poderá lhe ajudar a saber como agir de forma mais acertada. Negociação é essencial ao mundo dos negócios, e quanto mais estivermos preparados, tanto melhor será para ambos.


 “Nunca negociemos sem medo, mas nunca tenhamos medo de negociar."
John Kennedy

Bruno Krug – Consultor Empresarial e Palestrante Motivacional

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